“Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho.” (Gn 22:7-8)
Esse texto geralmente é abordado pela ótica de Abraão. Afinal Abraão orou e esperou muito tempo para ter um filho; Isaque era mais precioso para ele do que a própria vida, creio que nenhuma dor seria maior do que a perda de seu único filho – seu filho da promessa.
O convite, porém, que faço aos leitores é para que façamos uma breve meditação nesse mesmo texto, mas pelos olhos de Isaque.
Isaque filho único podia não ter 102 anos, mas também não era nenhum bebe, notamos isso quando ele pergunto ao pai “Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?” Ele já tinha discernimento para perceber que havia algo de erra, talvez não tivesse percebido que a intenção de seu pai não era tão legal assim, talvez; fato é que algum discernimento ele já tinha.
Notamos também a submissão ao seu pai, pois quando Abraão de mais de 100 anos pega o jovem Isaque para sacrificá-lo e o texto não aponta nenhum sinal de resistência deste, de tentar fugir, chorar, o texto deixa isso em aberto, de modo que não pretendemos imaginar o que aconteceu, mas podemos afirmar o que não aconteceu O jovem Isaque não fugiu do velho Abraão. Submissão por muitas das vezes é difícil, mas é uma virtude. Parabenizo Isaque pela atitude demonstrada.
Penso que esse dia ficou para sempre na memória de Isaque. Um dia marcante. Um dia que ele pode ver que aquele pai que sempre o amou tanto, que sempre lhe disse o quanto orou para ter um filho, pai que lhe contou do milagre operado por Deus ao fazê-lo engravidar Sara com ambos já na velhice; Isaque agora começava a entender que por mais que fosse amado e desejado, que seu pai amava muito mais a Deus do que a ele, que por mais que ele fosse importante ele até seria morto só para que o Deus de seu pai fosse agradado. A vontade de Deus é maior que eu, pode entender agora.
Isaque que daria continuidade a promessa de Deus em fazer de Abraão pai de uma grande nação estava tendo naquele dia de aflição, de desespero tendo o maior aprendizado e crescimento de toda a sua vida.
Mas nós podemos dar graças a Deus porque o Senhor é bom e a sua misericórdia dura para sempre. Deus com toda a sua soberania quis que não só Abraão fosse provado em sua fidelidade, mas queria também ensinar a Isaque novos valores.
Isaque é o futuro a continuação de Abraão. O velho Abraão vai embora e quem dará a continuação? E continuação de qualidade? Isaque! Já que será Isaque, Deus permitiu que Ele passasse por está dura provação, a fim de que amadurecesse e viesse a servir por toda sua vida o mesmo Deus que seu pai servia.
Por mais que aos olhos humanos houvesse ameaça de morte para Isaque, aos olhos de Deus não havia ameaça nenhuma. Aos olhos de Deus, Isaque deitado no altar não era motivo de choro e sim de alegria. Alegria pois via o coração zeloso de Abraão e alegria pois via o aprendizado de Isaque.
Isaque que você cresça seja forte, pai de multidões, e dê continuidade ao trabalho de seu pai com muita qualidade. Pois no fim DEUS PROVERÁ!
Eduardo Calil Ohana
Seminarista da Primeira Igreja Batista do Ingá, RJ
http://avivadospeloespirito.blogspot.com/
O Seminário do Sul já endregou filhos e filhas dos quais muito se orgulha aos evangélicos no Brasil e no mundo desde sua primeira turma em 1908. Oremos, para que o STBSB, continue gerando e capacitando seus filhos e filhas para o serviço do Reino de Deus.
Para os que já passam por aqui, essa casa permanece sendo a sua sagrada Colina, o monte da providência do SENHOR! Deus nunca abandona um filho no altar. Deus proverá.
Equipe
Amém! Bem forte a foto desta postagem. O sacrifício não aconteceu, mas doeu só de imaginar mas, não houve a morte na carne, mas marca fica na fé (ou é a própria fé!).
ResponderExcluirExcelente texto Eduardo. Muito inspirador, meus sinceros parabéns. Creio como você e tenho a certeza que Deus vai mudar o cenário.
ResponderExcluirSe me permite uma "vírgula". Se você é o Isaque quem seria o Abraão? Seja lá quem for, você se deitaria no altar confiando neste "Abraão"?
Como você, creio sim na providência de Deus, mas suspeito que o meu "Abraão" (o que eu imaginei), não ouviu a voz de Deus realmente, por isso não confio nele.
Confio única e exclusivamente em Deus.
Francamente, estou mais para João Batista “raça de víboras” do que para um Isaque mudo. Não por causa de Deus, mas por causa desse meu “Abraão” imaginário.
Continue escrevendo você tem talento.
Do seu amigo,
Leo.