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sábado, 13 de março de 2010

DEMOCRACIA BATISTA COM CABRESTO

Manifesto de Seminaristas

Caro povo batista,

Nós, alunos do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, estamos engajados em expor e sensibilizar alguns, ante ao grave quadro financeiro e descaso com os professores. Mesmo sabendo que parcela do povo batista está ocupada demais com seus afazeres pessoais e não podendo nos socorrer.

Entretanto, mesmo diante de tudo isso, nossos representantes estão querendo nos silenciar. Sim, isso mesmo, os representantes do povo batista, que estão a frente da Convenção Batista Brasileira, de modo indireto, estão solicitando a alguns pastores para que “orientem” e “esclareçam” suas ovelhas que estudam na referida instituição, que se concentrem apenas nos estudos. Pois não estão aqui para pensar, para duvidar, para questionar, para por a prova a cúpula da Convenção Batista Brasileira.

A democracia batista está sendo coagida a agir tiranamente contra alguns alunos, simplesmente por querermos expor nossa indignação ante a lentidão na tomada de decisões para solucionar toda a crise dessa instituição. Não recuaremos, a nossa geração não permitirá mais uma vez que o caso se repita, não assistiremos os fatos acontecerem como se não houvesse mais solução, simplesmente como se isso fosse uma tragédia. E ante essa tentativa de censura, fica claro que, como disse certo pensador “todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. A primeira como tragédia, a segunda como farsa.”

Decisões insensatas foram tomadas pela cúpula da Convenção Batista Brasileira anteriormente, seja por incompetência, malícia ou por omissão, levando a extinção outras instituições batistas tais como a JUERP e a JURATEL. Deste modo, não acreditamos mais numa tragédia, a história não irá se repetir, mas se esperarmos que os representantes da CBB façam algo, esses que estão agindo como coronéis querendo colocar cabresto em alguns alunos, então a história se repetirá de modo escancarado como uma farsa.

Estamos insatisfeitos com o quadro geral dos batistas, pastores que nos ligam nos induzindo ao silencio, estes que estão acomodados ganhando salários de R$ 10 mil reais, R$ 15 mil reais, R$ 20 mil reais ou mais por mês. E o pior é que os membros de algumas dessas igrejas aceitam calado. Isso é imoral, enquanto a maioria dos pastores e missionários estão no limite do sustento e nossos professores com salários atrasados. Precisamos urgentemente contestar pseudo pastores e diretores dos nossos arraiais que mancham a denominação.

Faço menção ao cristão Peter Drucker ao dizer sobre os altos salários de executivos de empresas, “acho que são escandalosos. JP Morgan, que não era de forma alguma avesso ao dinheiro, disse em 1906 que qualquer empresa onde o alto escalão ganhasse mais de 20 vezes o salário médio dos empregados não poderia ser bem administrada. Ele se recusava a investir nesse tipo de negócio. Essa é ainda uma regra útil.” Se este homem orienta o meio secular e o pior, se referindo a empresa e não a igreja, está esclarecido, em parte, o porquê do evangelho pregado não ter surtido tanto efeito na pátria brasileira como nós batistas gostaríamos. Não há credibilidade esse evangelho justo anunciado por alguns que vivem de maneira velada a promover a injustiça. Resta ao povo batista brasileiro simplesmente entender que, entre os vários motivos da crise nas instituições batistas, os salários escandalosos. É injustiça e imoral o luxo que alguns pastores e diretores de instituições batistas desfrutam, enquanto o restante tenta se virar como pode esperando, a boa vontade dos executivos da fé passivos em suas salas sob o ar-condicionado.

Portanto, a conduta de alguns pastores e diretores já revela por si só de que lado estão. Esses pastores, como diz A. W. Tozer, decidem compelidos pelo medo, fazem coisas para agradar, aceitam serviços por razões financeiras, realizam ato religioso simplesmente por ser um hábito, se deixam ser influenciados pelo amor a publicidade ou pelo desejo de alcançarem uma boa reputação. Essa é a conduta de alguém da cúpula da CBB que liga e do pastor que aceita a ligação, para enfim tentar silenciar seminarista de sua igreja. Assim, parece insensatez pedir a Deus que sensibilize os corações daqueles que ele “levantou” para cuidar da igreja, que cuidem da igreja. Mas é isso que temos feito. Tal como o povo de Israel pedindo a Deus que libertasse do jugo sacerdotal.

Evitamos ao máximo basearmos nosso manifesto em textos bíblicos, em nome de Deus e bem como em jargões cristãos, em respeito e temor, a fim de evidenciar somente nossa indignação a lentidão, a omissão e a opressão por parte do ser humano caído. Apelamos também a razão e ao coração do povo batista do Brasil. Nos ajudem!

Por fim, antecipamos o cabresto “democrático” da CONVENCÇÃO BATISTA BRASILEIRA. Estamos a disposição dos nossos pastores para permanecer estudando ou nos retirar, caso queiram colocar o cabresto em nossa identidade cristã democrática batista.

Rodrigo Lima Beda

2 comentários:

  1. Beda, parabéns... conseguiu representar em palavras o que muitos de nós, batistas brasileiros pensam...me sinto repersentado por vocês...

    Pr. Ulisses Souza Torres

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  2. Pois é, após ter conversado com meu Pr. na noite de ontem sobre o que esta acontecendo no meio Batista, hoje pela manhã pedi para dar uma palavra a Igreja e ele me negou, dizendo que eu ia "gerar polemica"...

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