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sábado, 24 de abril de 2010

LIDERANÇA NA ERA DA TRANSPARÊNCIA


Vivemos um tempo desafiador em inúmeros aspectos. Numa sociedade globalizada com acesso extremamente rápido a informações que são disseminadas pelos mais acessíveis meios de comunicação, as organizações corporativas estão direcionando parte de seus esforços para desenvolver um relacionamento de confiança com os chamados stakeholders – pessoas ou entidades que afetam ou são afetadas pelas atividades de uma organização (clientes, fornecedores, empregados, acionistas, associações, sindicatos, governo entre outros). Para que este relacionamento de confiança se fortaleça é preciso ter transparência. Em nenhum outro momento da história da humanidade a transparência foi tão requisitada como agora. As organizações têm suas atividades e seus desdobramentos monitorados continuadamente pelas partes interessadas. Isso reforça a necessidade de assumir as responsabilidades inerentes aos seus processos produtivos. Mas, isto não é mais suficiente para os dias de hoje: as organizações estão indo além e agindo até em situações que não estão diretamente relacionadas às suas atividades, mas que impactam a realidade ao seu redor. Isso tem ido além da responsabilidade social e ultrapassa até as definições por órgãos governamentais.


Hoje, as relações estão mais complexas e com isso, problemas e fatos considerados comuns no passado causam estranheza e reações contundentes. Certamente que esta evolução e complexidade são saudáveis para a sociedade. A sensibilidade do cidadão comum evoluiu e o acesso a informações tem acelerado este processo e facilitado sua reação a tudo que está à sua volta.


Apesar deste contexto, muitos ainda têm medo da transparência, acham que representa um grande risco e insistem em manter muitas informações sob controle. Estes, gradativamente têm perdido sua credibilidade e com isso, a capacidade de manter suas posições no mercado.

Infelizmente, muitos não estão preparados para a transparência e acabam usando as informações que têm acesso para manipular o pensamento coletivo. Podemos ver isso em muitas manifestações e protestos que usam parte das informações para tentar conduzir a massa contra empresas e produtos.


Em nosso meio não é diferente. Cada vez mais se espera transparência e verdade sobre as atividades de nossas organizações. Quanto mais transparência, mais credibilidade e maior a participação dos crentes batistas e suas igrejas. Vivemos compartilhando informações via internet, conter esta corrente é, no mínimo, insanidade. A liderança de nossas organizações tem a oportunidade de utilizar esta realidade a nosso favor compartilhando com todos os envolvidos e alcançados por nossas atividades as informações sobre tudo o que fazemos.


A transparência contribui de forma relevante para que as responsabilidades de todas as partes sejam conhecidas e assumidas. Assim, responsáveis não poderão se esconder nas cortinas de fumaça que impedem o conhecimento de informações importantes de suas atividades. Por outro lado, igrejas e membros também saberão claramente seu papel em todo o processo de crescimento do Reino de Deus através de nossa denominação.


A transparência também contribui para a unidade. Quanto mais se sabe, mais se confia e quanto mais se confia, mais possível é unir forças por um objetivo comum. Temos um Brasil para ser conquistado para Cristo; temos um mundo inteiro a ser resgatado das trevas do pecado; gente que precisa conhecer a misericórdia e amor divinos através de nosso ministério, de nossa atuação marcante em nossa geração. Para agir salvando, transformando e influenciando vidas, precisamos estar preparados, firmes em nossa convicção, unidos em um objetivo comum, confiando mutuamente uns nos outros e dependendo do Senhor para nos guiar nesta célebre e honrosa trajetória.


A liderança precisa estar preparada para este tempo, sem medo, sem restrições, abrindo espaço para um amplo diálogo com a sociedade, especialmente em nosso caso, com os membros de nossas igrejas, para que haja uma participação dos batistas brasileiros mais relevante para nossa nação e para o mundo. A transparência, o fluxo de informações e o debate construtivo e criativo podem ser ferramentas importantes para que nossa influência no mundo seja marcante e positiva.


Temos o desafio de ser exemplo, sal da terra e luz do mundo. Não precisamos seguir o exemplo do mercado corporativo, mais que isso, devemos seguir o exemplo deixado por Cristo que não escondia os propósitos do seu ministério, não fugiu de assumir suas responsabilidades, que compartilhou com alegria e não teve medo de enfrentar as conseqüências de tudo o que fez, mesmo representando morte e morte de cruz. Fez tudo isso por amor a nós. O que temos feito por amor a Ele.


Avancemos então com transparência e sinceridade, fidelidade ao Senhor e comunhão pelo vínculo da paz, para que o mundo saiba que só Jesus Cristo é Senhor e que nos tornou capazes de viver assim para glória do Seu nome e alegria nossa.


Pr. Davidson de Freitas

Diretor Geral do STBSB

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